SANTIAGO DO CHILE. A pediatra Michelle Bachelet Jería, de 56 anos, é enfundó ontem a faixa presidencial do Chile. A primeira mulher a surgir ao Palácio Da Moeda desfruta de 4 anos para revelar, com nuances, que poderá ter a mesma cintura política de Ricardo Lagos, aclamado no decorrer da solenidade como um ídolo.
No Congresso de Valparaíso, sede do Poder Legislativo desde a ditadura de Augusto Pinochet (1973-90), Michelle Bachelet, agnóstica confesa, prometeu realizar as obrigações do cargo. A primeira presidente da democracia e da história do Chile, não disporá de seis anos, que teve o seu antecessor pra governar. A tua gestão e a de seu Gabinete terminarão em 2010. Frente aos catorze homens e as duas mulheres, -ela mesma e a democrata-cristã Soledad Alvear-, que acompanharam Lagos, Michelle Bachelet, expõe uma equipe equilibrada de ambos os sexos. A charada de gênero sobrevoou a jornada como se fosse -e é – um tópico de Estado. Para Evo Morales a dupla situação, “representa um endurecimento da democracia pela América Latina.
As mulheres pertencem a um setor que, como os indígenas pela Bolívia, foram discriminados. Alcançar a Presidência, significa recuperar a esperança”. Não se expressou em termos iguais outro presidente indígena. O peruano Alejandro Toledo declarou: “não é uma dúvida de gênero é um tema de capacidades e eu acho que ela (michelle Bachelet) é alguém extremamente apto”. Sem fins de entorpecer, a figura de Lagos, estendeu a mão, como goma de mascar, dentro e fora do Congresso.
Aplaudindo, abraços, aplausos fechados explodiu numa comemoração com sabor a volta. Os cartazes de Lagos 2010 e a inexistência, hoje, de um/a candidato/ou que possa eventualmente disputar as futuras eleições, leva a pensar mais do que o de ontem foi um “até logo” que um adeus definitivo.
Entre os presidentes, foram aparecendo o ex-general Poblete, companheiro de armas do pai de Michelle Bachelet, colega e aproximadamente a pessoa que morre em seus braços. Exilado pela Europa, pra não sofrer o mesmo destino de Alberto Bachelet, o regime despojada da tua nacionalidade. Apátrida, autodesterrado pra salvar a pele, há várias semanas, o Governo devolveu-lhe a cidadania. “Eu tenho que discutir com Michelle”, confidenciou ao observar com seus próprios olhos como Andrés Zaldivar jurei (ele jurou) seu cargo como Ministro do Interior e o virtual vice-presidente.
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- oitenta anos…..”tudo alopátrico..salvo esses exemplos que são a ponta do iceberg….”
A suspeitas de Poblete fazia Zaldivar têm sua origem em um discurso proferido por ele no momento em que era ministro de Eduardo Frei Montalva e Salvador Allende obteve as eleições. Zaldivar provocou uma debandada e alarme em mercados que alguns não tenham esquecido. Mas sua história vai além das frases.
o Ex-presidente do Senado, a partir dessa Câmara bregó e, de direito jeito, foi submetida a um autoritarismo e ainda robusto de Augusto Pinochet. Em paralelo, os atos de investidura, se construiu uma intensa actividade de robusto conteúdo político. Ademais, a ocasião foi aproveitada por Portugal pra limar asperezas com Evo Morales a respeito da situação da Repsol na Bolívia. O presidente desse nação, não deixou atravessar a ocasião oferecida pelo Condoleezza Rice, a quem, como fizera pela véspera, com Bachelet, arranjou-lhe um charango (oitava feita com o corpo de um tatu) decorada com folhas de coca.
E continua relatando todas as medidas que tomou o Governo e pedindo a UPyD uma opinião sobre isso. “Tenho o sentimento de que você não tem posição sobre isto nada mais do que sobre você mesma. E portanto vai”, conclui.